sábado, 24 de outubro de 2009

Os Olhos da alma



Durante toda minha vida, ouvi alguém falar que no momento em que começamos a trabalhar, adquirimos experiências das quais jamais serão esquecidas. Nunca dei muita importância pra este comentário.
Comecei há trabalhar faz três semanas, confesso que estou entusiasmada com essa minha nova fase. Apesar de ser um tempo curto, considero-me autorizada para confirmar o comentário acima.
Na terceira semana, passei por algo que não consigo tirar de minha cabeça. Pode não significar nada para vocês, porém há mim, causou um impacto emocional profundo e uma vontade exacerbada de viver.
Na terça, saí empolgada para mais um dia de trabalho, hoje seria uma oportunidade única, cobriria um evento importantíssimo. O palestrante era uma pessoa renomada na área da geografia e essa seria minha oportunidade de mostrar meu potencial. Entretanto, algo aconteceu na abertura do evento que, de fato conseguiu prender minha atenção, eram pessoas lindas, com sorrisos encantadores, vozes aveludadas, numa sincronia perfeita, porém havia um detalhe do qual não considero importante, pois parecia mínimo diante de tanta beleza.
Todos os componentes possuíam deficiência visual,alguns não enxergavam por completo, outros ainda conseguiam ver direções e cores, mesmo que não tão perfeitas.
Diante desta apresentação pude notar como somos pequenos, ingênuos e imaturos. Ao acharmos que a vida não é bela, que não possuímos potencial para lutar por aquilo que almejamos, que não temos capacidade de enxergar o outro como ele é, mais sim como queremos que ele seja.

Moral da história:
Muitas vezes, mesmo sem enxergar o colorido das coisas, podemos criar o nosso próprio colorido. E assim, dar a nossa vida um sabor.

(By Nicácia Souza)

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